Uma vacina contra o câncer de pele, que está sendo testada na Inglaterra, aparece como mais uma esperança no tratamento contra o tumor. O imunizante, desenvolvido pela University College London em parceria com laboratórios, já está em fase de teste clínico em pacientes - última etapa antes da avaliação final para aprovação.
Segundo os pesquisadores, a vacina tem o potencial de trazer uma cura mais definitiva ao câncer de pele do tipo melanoma, a forma mais letal do tumor que afeta, em média, 9 mil brasileiros por ano. Chamada tecnicamente de mRNA-4157 (V940), o imunizante utiliza a mesma tecnologia das vacinas contra a Covid-19 mais recentes.
A dermatologista da Oncoclínicas Belo Horizonte, Cristiane Cárcano, explica que essa vacina é produzida retirando-se células tumorais do paciente, que são analisadas para o desenvolvimento de um imunizante personalizado, que vai estimular o sistema imunológico do paciente a atacar as células cancerígenas. “Temos que aguardar os resultados desse estudo, mas a gente espera que seja mais uma ferramenta no tratamento do melanoma, e que, no futuro, seja disponibilizado em larga escala.”
O melanoma
O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor com o advento da dermatoscopia e à introdução dos novos medicamentos imunoterápicos.
Sinais e sintomas
O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.
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Como prevenir
Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos, uma vez que o maior fator de risco para o seu surgimento é a sensibilidade ao sol.
Mesmo em outros períodos do dia, recomenda-se procurar lugares com sombra, usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas. Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo, e usar filtro solar próprio para os lábios.
FONTE: Portal O Tempo
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