Com o resultado de maio, divulgado nesta segunda feira (10) no Rio de Janeiro pela CNC, o percentual de famílias com dívidas no país atingiu o maior patamar desde novembro de 2022. A pesquisa considera como endividados aqueles que possuem qualquer tipo de dívida, mesmo que não esteja em atraso, como compras no cartão de crédito ou financiamentos.
Para a CNC, esse dado reflete o aumento contínuo da demanda das famílias por crédito, aproveitando os juros mais baixos. A taxa básica de juros (Selic) tem diminuído em cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desde agosto do ano passado, quando caiu de 13,75% para 13,25%. Atualmente, está em 10,50%.
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio, acima dos 17,2% de abril.
Quanto às pessoas com dívidas ou contas em atraso, são consideradas inadimplentes. O percentual de inadimplência entre as famílias brasileiras ficou em 28,6% em maio deste ano, mantendo o mesmo nível de abril, mas abaixo dos 29,1% registrados em maio do ano passado.
Entre os principais fatores de endividamento das famílias destacam-se o cartão de crédito (86,9% dos casos), os carnês (16,2%) e o crédito pessoal (9,8%). Um destaque positivo foi o cheque especial, presente em apenas 3,9% das dívidas das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.
A previsão da CNC é que o percentual de endividados continue crescendo até dezembro, quando deverá atingir a marca de 80,4%.
FONTE: Terra Brasil Noticias
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