"Na semana passada, percebemos que nós podemos fazer algo que pode ser muito rápido", disse durante o evento Valor's Emerging Tech Summit. "Nós estamos fazendo uma associação com as carteiras, como Google Pay e Apple Pay, e ao invés de colocar cartão de crédito lá, pode apenas colocar Pix lá", completou.
Campos Neto também falou de outras novas funcionalidades do Pix sobre as quais o Banco Central está se debruçando: o Pix Agendado e o Pix Automático. "Para aquelas contas que você tem que pagar todo o mês, você pode só colocar lá [no Pix Automático], como Spotify e Netflix".
O chefe da autoridade monetária ressaltou os efeitos do Pix sobre a bancarização no Brasil e o aumento da inclusão nos serviços financeiros. Segundo ele, o meio de pagamento instantâneo do BC está substituindo outros produtos bancários mais rapidamente do que se imaginava no início.
Campos Neto mostrou um gráfico comparando a velocidade de adoção do Pix entre a população brasileira e o que acontece com os meios de pagamento instantâneo em outros países. No Brasil, há duas transações por dia por pessoa bancarizada, o que representa quase quatro vezes mais do que na Índia. "É muito impressionante o que aconteceu aqui", disse.
Segundo Campos Neto, no início, o BC acreditava que em pouco tempo a adesão das pessoas ao Pix atingiria um platô, o que não ocorreu. Quase quatro anos depois de sua estreia no Brasil, o número de transações por pessoa não para de crescer. Hoje, são 740 milhões de chaves Pix ativas e 201,6 milhões de operações em um único dia. No total, 150 milhões de brasileiros e 14,5 milhões de empresas utilizam o meio de pagamento instantâneo do BC. "Pix é uma realidade, mas é só o começo", afirmou Campos Neto.
FONTE: Portal O Tempo
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