A campanha “Agosto Dourado” traz, em 2024, a temática “Amamentação, apoie em todas as situações”.O objetivo é promover um olhar crítico e atento, principalmente nos casos de vulnerabilidades e diversidade, considerando o perfil da mulher e da família e promover a inclusão e combater a desigualdade.
Ana Zélia Pristo, coordenadora do Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Januário Cicco, MEJC (BLH/MJC), reforça que, até os seis meses de vida, o leite materno é o único alimento necessário para o bebê. “Ele tem tudo o que a criança precisa, sem excessos. Até os seis meses, o bebê pode mamar exclusivamente sem necessitar de mais nada, nem de água”, explica.
“Após isso, podem ser inseridos outros alimentos, mas o leite deve continuar sendo oferecido até a decisão do binômio mãe e filho de parar a amamentação”, completa Ana Zélia Pristo. Até o final do mês, a MEJC, que integra a rede Ebserh, participa de uma série de atividades sobre o "Agosto Dourado". O BLH da instituição é responsável por fornecer o leite humano pasteurizado aos recém-nascidos que necessitam, como bebês prematuros, patológicos e aos que estão com as mães impossibilitadas de amamentar.
De acordo com a coordenadora do banco, atualmente são coletados cerca de 10 litros de leite por dia, quantidade considerada confortável. “Mas é claro que, quanto mais doações, melhor”, avalia Pristo. O serviço de coleta é feito de segunda a sexta-feira e conta com apoio do Corpo de Bombeiros, por meio do projeto Bombeiro Amigo do Peito. Para se cadastrar como doadora, a mulher deve fazer contato pelos telefones (84 3342-5800) e (84) 9 9135-8217. “Também fazemos a coleta na própria MEJC, com aquelas mães que têm leite em excesso”, explica Ana Zélia Pristo.
Além disso, a Januário Cicco conta com postos de coleta vinculados ao próprio BLH, como o Hospital Maternidade Araken Irerê Pinto, em Natal e o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), em Santa Cruz. Ao mesmo, o banco da da MEJC atende aos hospitais Varela Santiago, Unimed, Antônio Prudente, Araken Pinto, na capital, e HUAB, no interior.
Na Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, o estoque também tem apresentado situação confortável, de acordo com a coordenadora do Banco de Leite da unidade, Viviane Medeiros. “Estamos coletando em torno de 65 a 70 litros por mês, volume que consegue atender à demanda dos bebês que estão na UTI”, comenta ela, ao descrever como o cadastro para doação pode ser feito. “A gente tem o WhatsApp (3272-4367), por onde o contato é iniciado”, diz.
“Em seguida, uma ficha de cadastro é enviada para preenchimento. Após o resultado de exames, a doadora é cadastrada. Há três situações onde as doações não são permitidas: em casos de sífilis, HIV e HPV”, explica Viviane Medeiros. O recolhimento do leite é realizado por meio de rotas, às terça e quintas, também com apoio dos Bombeiros.
Além da doação de leite materno, Viviane Medeiros também chama a atenção para a importância da amamentação enquanto fator de proteção para as mamães. “São inúmeros benefícios, como a afetividade da mãe e do bebê. Para a mulher, auxilia no controle de peso e ajuda a combater alguns tipos de cânceres, como o de mama e o de útero”, pontua. Para Josilene Filho, natural de Santo Antônio do Salto da Onça, poder amamentar a filha é uma dádiva.
FONTE: Portal Tribuna do Norte
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