quarta-feira, 21 de agosto de 2024

DESEMPREGO: Onda de demissões atinge grandes redes e mais de 35 mil funcionários são dispensados no Brasil

Grandes empresas do varejo brasileiro enfrentam uma crise sem precedentes, resultando no fechamento de mais de 750 lojas em todo o país. Nomes conhecidos como Carrefour, Americanas, Dia, Marisa e Casas Bahia estão entre os afetados, e o impacto na força de trabalho é significativo, com cerca de 35 mil funcionários podendo perder seus empregos.

As dificuldades variam entre as empresas, mas o resultado final é semelhante: uma substancial redução na infraestrutura operacional. As Casas Bahia, por exemplo, encerraram 55 lojas ao longo de 2023, com 17 fechamentos ocorrendo apenas no quarto trimestre. A empresa também demitiu 8,6 mil funcionários nesse período, buscando eliminar pontos de venda com prejuízos ou margens negativas.

A situação nas Casas Bahia é emblemática da crise mais ampla que afeta o setor. No balanço do quarto trimestre de 2023, revelado em 25 de março, a empresa registrou um prejuízo de R$ 1 bilhão. A reestruturação incluía uma redução significativa de cargos de alta liderança, diminuindo em 42%, e redução de 18% nos gastos com pessoal.

A Americanas, outro gigante do varejo, entrou em recuperação judicial em janeiro de 2023, após a descoberta de uma fraude contábil de R$ 25,2 bilhões. Desde então, a Americanas fechou 152 lojas e reduziu sua força de trabalho de 43.123 para 32.248 funcionários, uma queda de 13.875 empregados.

Além das Casas Bahia e Americanas, outras empresas também estão sentindo o impacto das dificuldades econômicas. O Dia, que iniciou seu processo de recuperação judicial em 26 de março, planeja fechar 343 de suas 587 lojas, concentrando suas operações na capital de São Paulo. Sua força de trabalho, que hoje conta com 5,5 mil empregados, será reduzida para 2 mil.

O Carrefour e a Marisa também anunciaram fechamentos e reestruturações. O Carrefour registrou um prejuízo de R$ 565 milhões no último trimestre de 2023, resultando no fechamento de 123 lojas e uma estimativa de 12,5 mil demissões, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Já a Marisa adiou a divulgação de seus resultados financeiros anuais e confirmou o fechamento de 91 lojas, o que pode afetar até 2,4 mil funcionários.

As empresas estão tentando se adaptar a essas mudanças drásticas. Nas Casas Bahia, a reestruturação visa eliminar pontos de venda com baixo desempenho. Já a Americanas busca ressurgir após sua recuperação judicial, enquanto o Dia está refocando suas operações na capital paulista. O Carrefour e a Marisa estão recalculando seus passos para maximizar eficiência e minimizar perdas.

  • Casas Bahia: 55 lojas fechadas em 2023, 8,6 mil funcionários demitidos.
  • Americanas: 152 lojas fechadas e 13.875 demissões após fraude contábil.
  • Dia: 343 lojas fechadas, 3,5 mil funcionários demitidos.
  • Carrefour: 123 lojas fechadas, 12,5 mil possíveis demissões.
  • Marisa: 91 lojas fechadas, 2,4 mil possíveis demissões.
Essas medidas visam garantir a sobrevivência destas empresas em um mercado cada vez mais competitivo e desafiador. Para muitos funcionários, no entanto, isso representa a perda de emprego e a necessidade de buscar novas oportunidades em um ambiente econômico instável.

O cenário atual levanta várias questões sobre o futuro do varejo no Brasil. As empresas precisarão continuar inovando e se adaptando para sobreviverem a longo prazo. A digitalização e o foco em e-commerce são caminhos possíveis para reduzir custos operacionais e alcançar um público mais amplo.

O impacto dessas mudanças ainda será sentido por um longo tempo, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. A reestruturação pode ser um meio necessário para alcançar a estabilidade, mas os desafios para aqueles que perdem seus empregos são significativos. O varejo brasileiro está em um ponto crítico, onde a inovação e a resiliência são mais importantes do que nunca.

Para os consumidores, essas mudanças podem significar menor diversidade de opções e possíveis aumentos de preço à medida que as empresas tentam equilibrar suas finanças. Contudo, a esperança é que essa crise force uma transformação positiva no setor, resultando em operações mais eficientes e competitivas no futuro.

Fonte: Terra Brasil Notícias. 



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