Hoje o Rio Grande do Norte está de parabéns. O potiguar comemora mais um ano do estado mais nordestino do Brasil, que tem a sua capital, Natal coberta de praias, numa costa onde se encontra o Forte dos Reis Magos, um espetáculo a parte. A fortaleza é em forma de estrela, um forte português do século XVI.
Dentre as praias podemos citar Ponta Negra, uma praia enquadrada pela enorme duna, onde se localiza o Morro Careca, um símbolo da " cidade do sol". Ainda no litoral Sul, a praia da Pipa é destaque por ser uma estância célebre pelo surf e pelos golfinhos. O RN tem lindas praias pelo norte e sul do estado
O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte e a leste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste. É dividido em 167 municípios e sua área total é de 52 809,601 km², o que equivale a 3,42% da área do Nordeste e a 0,62% da superfície do Brasil, sendo um pouco maior que a Costa Rica. Com uma população de mais de 3,3 milhões de habitantes, o Rio Grande do Norte é o décimo sétimo estado mais populoso do Brasil, possuindo o segundo melhor IDH e a maior renda per capita da região Nordeste e a melhor expectativa de vida do Norte-Nordeste, chegando a 76,0 anos, a nona maior do país.
A história inicia-se a partir do povoamento do território que hoje é o Brasil, quando houve uma onda de migrações para os Andes, depois para o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte. Ao longo de sua história, seu território sofreu invasões de povos estrangeiros, sendo os principais os franceses e holandeses. Em 1535, a então Capitania do Rio Grande estaria sendo doada pelo rei D. João III a João de Barros. Em 1822, quando o Brasil conquistou sua independência do Império Português, o Rio Grande do Norte passaria a se tornar província e, com a queda da monarquia e a consequente proclamação da república em 1889, a província se transforma em um estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão.
Devido à sua localização geográfica, que forma um vértice a nordeste da América do Sul, o Rio Grande do Norte é tido como uma das "esquinas" do Brasil e do continente, posição que também lhe confere uma grande projeção para o Atlântico (a maior dentre os estados brasileiros). Seu litoral, com extensão aproximada de quatrocentos quilômetros, é um dos mais famosos do Brasil. Na economia, destaca-se o setor de serviços. Devido ao seu clima semiárido em parte do litoral norte, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de mais 95% do sal brasileiro. Na bandeira nacional brasileira, o estado é representado pela estrela Shaula, da constelação de Scorpius.
A primeira expedição a alcançar terras pertencentes ao Rio Grande do Norte, que contava, inclusive, com a participação de Américo Vespúcio, começou em 10 de maio de 1501 e, depois de onze semanas de viagem, alcançou o Cabo de São Roque, onde foi fixado o primeiro marco de posse colonial português no Brasil. O comandante dessa expedição é incerto e, dentre vários nomes, o mais aceito é Gaspar de Lemos.
Em 17 de novembro, Pedro Velho toma posse como primeiro governador do estado, no entanto, permaneceu no cargo durante um curto período de tempo (até 6 de dezembro de 1889). Nos primeiros anos de República, o Rio Grande do Norte foi dominado pelo sistema oligárquico. Em oposição a esse regime, surge a figura do capitão José da Penha Alves de Souza, responsável por promover a primeira campanha popular no estado, tentando, inclusive, lançar a candidatura do tenente Leônidas Hermes da Fonseca ao governo estadual, mas sem obter sucesso; mais tarde, José da Penha se mudou para o Ceará.
No início do século XX, os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte ainda não possuíam seus limites definidos. Em 1901, a Assembleia Legislativa do Ceará elevou Grossos (que corresponde aos atuais municípios de Grossos e Tibau) à condição de vila, anexando-a ao território cearense. Depois, Pedro Augusto Borges, que era presidente (hoje governador) do Ceará na época, sancionou a resolução. O governador do Rio Grande do Norte, Alberto Maranhão, protestou contra esta medida e os governos dos dois estados reagiram enviando tropas para a região disputada. A controvérsia foi levada para decisão por meio de arbitramento, saindo o resultado final favorável ao Ceará. Sendo assim, Pedro Velho convidou Rui Barbosa para defender a causa do Rio Grande do Norte, contando com a participação de Augusto Tavares de Lira. No final, o jurista Augusto Petronio, por meio de três acórdãos (1908, 1915 e 1920), deu ganho de causa ao Rio Grande do Norte, dando fim à Questão de Grossos.
O Rio Grande do Norte está localizado a nordeste da Região Nordeste do Brasil. A distância linear entre seus pontos extremos norte e sul é de 263 quilômetros; enquanto isso, seus pontos extremos leste e oeste estão separados por uma distância reta de 443 quilômetros.Também faz parte do território potiguar o Atol das Rocas, uma reserva biológica marinha considerada patrimônio da humanidade pela UNESCO. Sua área territorial é de 52 809,602 km², sendo um dos menores estados do país, ocupando apenas 0,621% do território nacional. O estado segue o fuso horário UTC-3 (horário de Brasília), três horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich), com exceção do Atol das Rocas, que segue o fuso UTC-2] Em virtude de sua localização geográfica no território.
Em Currais Novos, encontra-se a maior produção de esculpimento de pedra, formando tipos variados de adorno. O couro, de origem caprina ou bovina, é produzido principalmente em Natal, Caicó e Taipu. Neste último também se destaca o esculpimento da madeira, junto com Macaíba. Nos municípios de Acari, Arez, Florânia, Ipanguaçu, Jardim do Seridó, São Paulo do Potengi e São Tomé o principal destaque é a tecelagem. As cestarias são, juntos com os trançados, uma outra forma de artesanato encontrada em quase todos os municípios potiguares.
Folclore e eventos
O folclore do Rio Grande do Norte é dividido em dois grupos: os autos, reunindo uma mistura de espetáculos teatrais, e as manifestações, que contemplam as danças folclóricas. Os principais autos são o Boi dos Reis, tradicional Bumba meu boi; o fandango, de origem portuguesa; os congos, de herança africana e os caboclinhos, típicos do período carnavalesco. O boi calemba e a lapinha, esta também chamada de presépio, fazem parte das comemorações natalinas, simbolizando o nascimento de Jesus Cristo, enquanto o pastoril é típico do Ano-Novo.
Nas manifestações populares, as principais danças são a araruna, o bambelô, as bandeirinhas, a capelinha de melão, o coco, o espontão e o maneiro-pau. O coco, o bambelô e o maneiro-pau são danças de roda, as bandeirinhas e a capelinha de melão homenageiam São João Batista no período junino e o espontão é comum no Seridó. A araruna é um repertório coreógrafico que existe em Natal desde os anos 1950 e é representada pela Associação de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna.
Entre os principais eventos, que normalmente vêm acompanhados de manifestações populares, destacam-se o Carnatal; Festa do Boi; Mossoró Cidade Junina e as festas de padroeiro de Mossoró (Santa Luzia), Caicó (Sant'Ana), Nossa Senhora da Apresentação de Natal e Santos Reis (ambas em Natal).
O futebol, esporte originário da Grã-Bretanha, foi introduzido no Rio Grande do Norte nas primeiras décadas do século XX. Os primeiros clubes de futebol do estado, fundados em 1915, foram o ABC (29 de junho) e o América de Natal (14 de julho).[204] No ano seguinte, teria ocorrido a primeira partida interestadual realizada com a presença de um clube potiguar, em 15 de novembro de 1916, no campo da Praça Pedro Velho, reunindo o ABC de Natal contra o Santa Cruz Futebol Clube, de Recife, na época vice-campeão pernambucano, sendo que este último venceu por 4 a 1. Em 1919, ocorreu o primeiro Campeonato Metropolitano de Futebol, vencido pelo América.Em toda a história do futebol norte-riograndense, o ABC foi o clube brasileiro que mais conquistou títulos estaduais, chegando a mais de 50 no Campeonato Potiguar, e é também o time com maior tempo no exterior, tendo jogado nos continentes africano, asiático e europeu.
Esportistas potiguares famosos são: Alice Melo, ciclista mossoroense; Clodoaldo Silva, nadador, medalhista em edições dos Jogos Paraolímpicos, Pan-Americanos e ainda em campeonatos mundiais de natação; Magnólia Figueiredo, recordista brasileira dos quatrocentos metros em 1990 e participante das olimpíadas de Seul (1988), Atlanta (1996) e Atenas (2004); Jussier Formiga, lutador de MMA; Márcio Mossoró, futebolista; Marinho Chagas, ex-jogador de futebol; Oscar Schmidt, um dos maiores jogadores da basquetebol do Brasil; os irmãos Patrício Freire e Patrick Freire, lutadores de MMA; Renan Barão e Rony Marques, ambos no UFC e Virna Dias, ex-jogadora de vôle e a primeira medalhista do estado nos Jogos Olímpicos, bronze em Atlanta 1996 e Sidney 2000, quando outro potiguar Vicente Lenílson, de Currais Novos, conquistou uma prata no atletismo. Em julho de 2021, o surfista Ítalo Ferreira, natural de Baía Formosa e campeão mundial em 2019, conquistou em Tóquio o primeiro ouro olímpico do surfe na história dos jogos. Nos Jogos Paralímpicos, o Rio Grande do Norte é o terceiro estado do Brasil em número de medalhas, depois de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo são nove medalhas, mesmo número de Mato Grosso do Sul, sendo uma de ouro, seis de prata e duas de bronze.
Natal, a capital do Rio Grande do Norte, é um destino cheio de atrativos naturais, gastronômicos e culturais. A cidade não só é a porta de entrada para os principais destinos do estado, como também, por si só, é um lugar fascinante para se visitar.
O Parque das Dunas, segunda maior reserva florestal do país, é outro passeio incrível e até pouco explorado por grande parte dos turistas. Ali é possível fazer pequenas trilhas pelo meio da mata, observar diferentes espécies de plantas e admirar belas dunas em frente ao mar.
Parnamirim é a cidade vizinha de Natal, distante 12 quilômetros da capital, que abriga um dos atrativos mais famosos da região (além das praias): o maior cajueiro do mundo. A árvore cobre uma área de aproximadamente 9 mil metros quadrados, com perímetro de aproximadamente 500 metros e está situada na praia de Pirangi. O Cajueiro de Pirangi é um verdadeiro cartão-postal e consta no Guinness Book.
A árvore tem mais de 100 anos de existência e equivale a um conjunto de 70 cajueiros normais. O local é bem preparado para receber turistas, que podem caminhar entre os troncos. Há até um mirante para observar o cajueiro de cima.
Diversas atividades ao ar livre
A extensa faixa de águas calmas e mornas da Praia de Pirangi é, inclusive, uma das preferidas do potiguar para o veraneio, quando fica lotada, de dezembro até o Carnaval. Além disso, Pirangi também oferece várias atividades ao ar livre, como passeios de buggy, mergulho e snorkelin.
Os passeios de escuna que levam até mergulhos nos parrachos são outro atrativo da praia. Além da agradável beira-mar, o lugar tem ainda boas opções de bares e restaurantes. Comer uma paçoca feita no pilão com macaxeira ou degustar um caranguejo no coco é um programa imperdível para quem passa pelo destino.
Maracajaú é um destino localizado na cidade de Maxaranguape, a cerca de 55 quilômetros de Natal. Cercada por dunas, coqueirais e lagoas, a pequena vila de pescadores conta com aproximadamente 2 mil habitantes. A grande atração desta praia é o banco de corais de águas cristalinas e ricas em peixes coralinos, local apropriado para a prática do mergulho.
Sabe aquele clássico que nunca sai de moda? Genipabu é assim! O destino, pertinho da capital potiguar, é cenário para um dos roteiros mais famosos do Nordeste brasileiro: o passeio de buggy pelas dunas. A 25 quilômetros de Natal, no litoral norte, Genipabu (que também pode ser escrita como Jenipabu) está localizada no município de Extremoz, e foi o primeiro ponto turístico do estado reconhecido internacionalmente.
Uma curiosidade sobre as dunas de Genipabu é que existem as fixas e as móveis. Essas últimas se diferenciam pela ação do vento intenso do litoral potiguar. Assim as areias são movidas de um ponto ao outro, tornando a paisagem sempre uma novidade! É ali que acontecem os típicos passeios de buggy onde os turistas vão explorando toda essa paisagem exuberante com duas opções de aventura: com emoção e com muita emoção.
Se você estiver cansado de praia, tem duas boas opções para completar a sua viagem para Barra do Cunhaú: o passeio à Vila Flor, um dos primeiros núcleos de colonização portuguesa no Rio Grande do Norte e a visitação ao Engenho Cunhaú, localizado a meia hora da praia, um dos distritos de Canguaretama.
Por Silvana Greice
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