quinta-feira, 7 de novembro de 2024

ECONOMIA: Por unanimidade, Banco Central decide aumentar a taxa Selic para 11,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, nesta quarta-feira (6/11), elevar a taxa básica da economia (Selic) em 0,50 ponto percentual, na penúltima reunião do ano, para 11,25% ao ano. Com isso, o Comitê acelerou o ritmo de aumento dos juros, como o esperado pelo mercado.

A decisão foi unânime, conforme o comunicado do Banco Central, onde a instituição passou a prever a inflação deste ano acima do teto da meta, de 4,50%.

É a segunda alta consecutiva no novo ciclo de aperto monetário do Banco Central, iniciado em setembro, quando o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75%.

O colegiado não sinalizou quando pretende interromper o ciclo de aumento de juros básicos. “O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, destacou a nota.

No comunicado, o colegiado ainda reforçou a preocupação com a questão fiscal, tanto que isso afeta tanto a política monetária e quanto os ativos financeiros. “A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, completou o comunicado.

Na introdução, a nota também destacou a preocupação com a conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, que “suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano)”, informou. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, acrescentou.

FONTE: Correio Brasiliense

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