segunda-feira, 10 de março de 2025

DEPOIMENTO: Suspeito confessa ter matado Yara Karolaine e afirma que "talvez tentaria relação com ela"; entenda

A Polícia Civil de Minas Gerais deu detalhes, nesta segunda-feira (10 de março), sobre a morte da menina Yara Karolaine, de 10 anos. O corpo da criança foi encontrado na cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí, no último sábado (8 de março). O suspeito, que confessou o crime, é um homem de 56 anos, motorista da Prefeitura de Água Boa, no Rio Doce, cidade onde Yara morava com a mãe e a irmã.

Conforme o delegado Marceleandro Clementino, titular da delegacia de Peçanha, responsável pela investigação, o suspeito confessou o crime em um depoimento "pesado" que durou mais de três horas. Segundo o delegado, o homem já conhecia a vítima devido a um relacionamento anterior que teve com a mãe dela.

Para o delegado, a motivação apresentada pelo suspeito parece frágil neste primeiro momento da investigação. "Ele alega que chamou a menina. Já teve um relacionamento pretérito com a mãe dela, mas não longínquo. Narra que foram apenas dois encontros e, como já a conhecia, possivelmente ela entrou no carro. Disse que a convidou para comer pizza em sua casa e que tentaria, talvez, manter alguma relação com ela", afirmou.

Ainda não há confirmação sobre a ocorrência de abuso sexual. Foram colhidas amostras de DNA da vítima para investigar crimes sexuais, mas, devido ao estado de putrefação do corpo, pode ser que a Polícia Civil não consiga um resultado definitivo.

Em outro momento da confissão, o suspeito alegou ter sentido medo ao ver a delegacia de Água Boa cercada, temendo ser punido por um suposto crime sexual que, segundo ele, não cometeu. A Polícia Civil solicitou sua prisão preventiva, mas ainda não houve resposta da Justiça. O homem foi transferido para a cadeia de Guanhães nesta segunda-feira (10 de março).

O delegado responsável pelo caso não deu mais detalhes para não prejudicar a investigação. Ele não descartou a participação de outras pessoas no crime, mas, até o momento, os indícios apontam para a atuação isolada do suspeito. Sobre o uso de veículos da prefeitura, o delegado explicou que a administração municipal não tem envolvimento no crime, mas que o suspeito, por ser motorista da prefeitura, tinha facilidade para acessar os carros oficiais.

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